Congestionamentos de trânsito: principais causas e soluções

Congestionamentos de trânsito: principais causas e soluções
Foto de visão aérea de congestionamento na cidade de Istambul

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria mostrou que 36% dos brasileiros passam mais de uma hora por dia no trânsito. Outros 21% perdem entre 1 e 2 horas por dia devido aos congestionamentos, o que afeta a qualidade de vida e a produtividade das pessoas.

Segundo dados do Waze de agosto de 2023, as cidades com maior congestionamento no país são:

  1. São Paulo (SP)
  2. Rio de Janeiro (RJ)
  3. Belo Horizonte (MG)
  4. Recife (PE)
  5. Fortaleza (CE)
  6. Goiânia (GO)
  7. Porto Alegre (RS)
  8. Brasília (DF)
  9. Curitiba (PR)
  10. Campinas (SP)

Entenda abaixo as principais causas desse problema.

Causas de congestionamento no trânsito

Em geral, trânsito congestionado é resultado de muitos carros por habitante na cidade e um planejamento urbano inadequado – ou até mesmo inexistente. 

Questões ambientais e de segurança (como grandes índices de criminalidade e altas temperaturas) também podem influenciar, já que elas inibem a mobilidade ativa.

Excesso de carros nas vias

A frota de carros tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Em São Paulo, por exemplo, há uma média de 7,4 veículos para 10 habitantes (dados de 2018).

Com isso, o espaço nas ruas fica cada vez mais competitivo. Quando cheio, um carro ocupa 25 vezes mais espaço que um pedestre, segundo o Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento.

Porém, na maioria das vezes, o que vemos é o carro ocupado por uma só pessoa. Dessa forma, o motorista ocupa 15 vezes mais espaço que um passageiro de ônibus ou um ciclista, e 75 vezes mais espaço que um pedestre.

Falta de planejamento urbano

A maioria das cidades brasileiras cresceu de modo acelerado e desorganizado, sem planejamento adequado e sem políticas públicas de mobilidade. 

Periferias apareceram e os locais de acesso à saúde, educação, trabalho e lazer ficaram muito distantes das residências, criando um problema de acessibilidade urbana.

Por conta desse desequilíbrio espacial, o deslocamento se tornou mais longo, mais caro e menos eficiente.

Como solucionar os congestionamentos?

Será que tem como reverter esse quadro? Com certeza! Muitas cidades da Europa já reestruturaram suas políticas de mobilidade urbana e viram as taxas de congestionamento caírem. 

Confira abaixo algumas das estratégias adotadas pelas cidades mais sustentáveis do mundo e incentivadas, no Brasil, pela CWBUS:

1. Melhoria do transporte público

Foto de mulher em ônibus da cidade

Se o transporte coletivo não for de qualidade, dificilmente ele atrairá passageiros. Como consequência, mais e mais pessoas vão preferir a locomoção por carro, resultando em congestionamentos.

Entre 2019 e 2022, o sistema de transporte público no Brasil perdeu 24,4% dos seus usuários (8 milhões de pessoas), de acordo com o Anuário 2022-2023 da Associação Nacional de Transporte Urbano (NTU).

Porém, a mesma pesquisa mostra que se houvesse redução no preço da tarifa, diminuição do tempo de espera e aumento da segurança, muitos usuários voltariam a utilizar o sistema. 

Por isso, é imprescindível investir na melhoria do transporte coletivo. Confira algumas recomendações da CWBUS para o transporte público do Brasil.

2. Planejamento urbano com foco em acessibilidade

Outro ponto prioritário é planejar o crescimento das cidades, ofertando serviços essenciais em todas as regiões do município, a fim de evitar longos deslocamentos. Além disso, é preciso estruturar um sistema de transporte eficiente, que funcione de forma integrada e multimodal, e prever a capacidade das vias para a quantidade de veículos.

3. Gestão de tráfego

A gestão do tráfego também é essencial para evitar congestionamentos. Novas tecnologias digitais têm facilitado a otimização do fluxo de veículos e pedestres, colaborando para um trânsito mais ágil e mais seguro.

Na Dinamarca, por exemplo, a cidade de Copenhague utiliza semáforos inteligentes para ajustar os tempos de espera conforme a demanda. Os sensores ainda identificam o tipo de usuário, priorizando os ônibus e as bicicletas.

Conheça outras práticas das cidades inteligentes.

 

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