Em julho, Curitiba começou a realizar os testes técnicos com o ônibus 100% elétrico fabricado pela Marcopolo. É a terceira empresa que apresenta seu veículo para análise dentro do processo de implantação da eletromobilidade na capital paranaense. Paralelamente estão em testes os ônibus da BYD e da Eletra.
“A nossa expectativa com os testes é muito grande porque com eles conseguimos entender melhor como cada ônibus reage dentro da nossa cidade e como cada ônibus vai transportar a nossa população”, disse o presidente do Conselho da CWBUS, Angelo Gulin.
Durante a cerimônia de apresentação do veículo da Marcopolo, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, afirmou que trabalha para que a cidade possa contar com a eletromobilidade em pelo menos uma grande linha de transporte. “O meu sonho é que na metade do ano que vem, quando eu ainda serei prefeito, nós já tenhamos colocado a eletromobilidade na história de Curitiba”.
No entanto, para que isso ocorra, alguns desafios precisam ser superados. “Nossa maior dificuldade hoje é a infraestrutura de recarga”, apontou Angelo Gulin. Ele explicou que cada garagem terá de servir como uma subestação de energia e portanto, neste momento, está sendo feita uma intensa pesquisa em conjunto com os fornecedores. “Neste estudo estão sendo considerados os possíveis pontos de recarga, como as garagens dos ônibus e os terminais.”
Modelo
A Marcopolo trouxe para Curitiba o modelo padron Attivi Integral, o primeiro ônibus elétrico da marca com chassi e carroceria próprios. O veículo tem capacidade para transportar até 85 passageiros. “Passamos os últimos cinco anos desenvolvendo este ônibus para que pudéssemos chegar a esse estágio de maturidade e comercialização”, disse o gerente comercial da empresa, Alexandre Cervelin. “Este ônibus reforça nosso compromisso com a inovação, sempre tendo como foco a mobilidade sustentável.”
A empresa que vai testar o ônibus elétrico da Marcopolo é a Auto Viação São José, que, há mais de 90 anos, desenvolve a inovação no transporte coletivo. O diretor da empresa, Dante Franceschi Filho, explicou que a ideia é obter os dados operacionais e avaliar a operação do veículo. “A partir deste estudo, teremos a matriz de dados para conseguir fazer a avaliação da implementação dessa tecnologia, trazendo mais conforto, segurança, menor impacto ambiental dentro de uma tarifa equilibrada e uma remuneração correta dos investimentos.”
