Se você tem acompanhado o noticiário, já viu que várias cidades do Brasil estão adquirindo ônibus elétricos para a frota do transporte público, inclusive Curitiba. Ao mesmo tempo, a venda de carros elétricos cresce ano após ano, mostrando uma corrida nacional pela eletromobilidade.
Na verdade, o movimento do Brasil segue uma tendência internacional de diminuir o uso dos combustíveis fósseis. Na Europa, por exemplo, 15% do mercado automobilístico já é formado por veículos elétricos.
Mas qual é o motivo dessa mudança? Continue a leitura para entender o assunto.
O que é eletromobilidade?
A eletromobilidade é o modelo de mobilidade urbana centrado em veículos elétricos (automóveis que possuem motores elétricos recarregáveis). Ela abrange não só os veículos, como também a infraestrutura da cidade, a tecnologia, a logística, os investimentos financeiros, as políticas públicas e o impacto na vida das pessoas e no meio ambiente.
“O grande objetivo da eletromobilidade é reduzir as emissões de poluentes que contribuem para o aquecimento global”, explicou o presidente-executivo da CWBUS, Luiz Alberto Lenz César.
Estima-se que um carro movido a gasolina produz, em um ano, 1.260 kg de gás carbônico. Por outro lado, o carro elétrico não libera gases poluentes durante o uso. Embora a produção do veículo elétrico emita quantidades significativas de gases estufa, sua vida útil é menos poluente que a do carro tradicional.
Além de ser mais sustentável, a eletromobilidade traz mais conforto para os usuários, porque os veículos elétricos são mais silenciosos que os movidos a combustão.
Vantagens do veículo elétrico
Resumindo, o veículo elétrico tem os seguintes benefícios:
- polui menos o meio ambiente;
- emite menos ruídos sonoros;
- melhora a qualidade do ar da cidade, diminuindo a incidência de doenças respiratórias;
- possui manutenção mais barata e menor custo de abastecimento;
- tem maior eficiência energética.
Por que a eletromobilidade é uma tendência no mundo e no Brasil?
A substituição gradativa dos veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos elétricos é uma tendência internacional em resposta ao aquecimento global.
A União Europeia, por exemplo, aprovou em março de 2023 uma lei que proibirá a venda de carros que emitem CO² após 2035. Além disso, a partir de 2030, todos os carros vendidos deverão emitir 55% a menos de gás carbônico que comparado a 2021.
Os veículos elétricos não são a única solução para a descarbonização do transporte. A utilização do etanol é uma grande aposta nacional para diminuir a emissão de CO². Porém, entre todos os modelos, o veículo elétrico é o mais sustentável e eficiente.
No transporte público, essa mudança é ainda mais urgente, porque a maioria dos ônibus circulantes no Brasil são movidos a diesel – combustível extremamente poluente e que causa efeitos danosos à saúde.
“Substituir ônibus a combustão por elétricos tem o potencial de melhorar substancialmente a qualidade do ar e a saúde pública, uma vez que veículos que queimam diesel emitem inúmeras substâncias – com destaque para os óxidos de nitrogênio (NOx ) e o material particulado (MP) – que causam problemas de saúde e, por consequência, reduzem a qualidade e a expectativa de vida da população” – Guia de Eletromobilidade elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional
Por isso, um dos próximos passos da eletromobilidade no nosso país é a transformação da frota de transporte coletivo. Confira os desafios da implantação de ônibus elétricos no Brasil.
