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Tendências

O sistema de transporte coletivo de Curitiba vinha registrando perda constante de passageiros, e isso se intensificou de maneira brutal a partir do início da pandemia da Covid-19.

Se antes 760 mil pessoas andavam de ônibus por dia útil, hoje o total gira em torno de 530 mil. Mesmo que o país consiga relativamente controlar a pandemia, as projeções indicam que o número de passageiros não voltará aos níveis anteriores.

Do outro lado, especialistas são unânimes em apontar o transporte coletivo como a forma mais eficiente de oferecer mobilidade a baixo custo e com menores impactos ambiental e urbano.

São horas e horas de trabalho e lazer perdidas no trânsito, toneladas de carbono na atmosfera e opção por transporte menos seguro, como motos, com impacto expressivo no total de acidentes, lesões e morte.

Diante da importância do transporte coletivo e da baixa adesão de passageiros ao modelo, tornando-o financeiramente inviável, contratos de concessão do serviço terão de passar por significativa reformulação.

"A baixa adesão ao transporte coletivo
causa graves consequências à sociedade"

"A baixa adesão ao transporte coletivo causa graves consequências à sociedade"

no
médio prazo

até 10 anos

Reformulação completa da

rede de transporte coletivo.

Autonomia para o prestador de serviço.

A liberdade de ação com base em níveis de serviço permite que:
1) o agente público defina as condições de serviço adequado;
2) o agente privado defina as melhores formas de atender a essas condições.

O concessionário deve ser obrigado a oferecer o serviço: disponibilizar rota, horários e equipamento para atender à demanda. Mas não deve ser fixada irracionalmente uma única forma possível de atender à demanda. Por exemplo, uma rota pode ser operada com um veículo grande no horário de pico e com um veículo menor em horários de baixa demanda. É importante permitir que as operadoras possam ter autonomia de adaptação à prestação do serviço.

Fim dos subsídios

cruzados.

Gratuidades em meias entradas para diversos grupos devem ser pagas por toda a sociedade, e não recair apenas sobre os passageiros pagantes.

Liberdade para obtenção de

receitas extra tarifárias.

Criar novas receitas para que a tarifa não seja a única fonte de custeio do sistema. Algumas propostas incluem Cide Verde, captar recursos públicos e privados, exploração da publicação em ônibus, estações-tubo e terminais de passageiros, obter recursos do transporte por aplicativo.

Serviços flexíveis de mobilidade urbana, semelhante ao transporte individual por aplicativo, surgem como complemento aos sistemas convencionais de ônibus coletivo.

Introdução de

ônibus elétricos.

no
longo prazo

mais de 10 anos

Consolidação da micromobilidade.

Expansão do uso de patinetes e bicicletas com alternativas para atividades do dia a dia.

Mobilidade ambientalmente amigável.

MaaS - Mobility as a Service.

A mobilidade como serviço é entendida como uma mobilidade inteligente, colocando o passageiro no centro das atenções, oferecendo um melhor serviço e experiência de forma personalizada e integrada. Um ecossistema de gestão e distribuição em que um integrador reúne a oferta de múltiplos prestadores de serviços e a fornece aos usuários finais por meio de uma interface digital. Isso permite que eles planejem e paguem pela mobilidade de forma descomplicada.

Inteligência artificial e realidade aumentada cada vez mais presentes.

Frotas inteiras de ônibus e carros elétricos.

Carros autônomos.

Controle de velocidade e percurso.

Robotaxis e entregas autônomas.

Setor de entregas deve receber investimentos ao longo dos próximos anos.